Pierre Gasly vence GP de Itália caótico!
Pierre Gasly foi o inesperado vencedor do Grande Prémio de Itália, prova que chegou a ser interrompido devido ao violento acidente de Charles Leclerc. Carlos Sainz foi o 2º classificado, enquanto Lance Stroll completou o pódio no histórico traçado de Monza. Destaque ainda para a penalização de 10 segundos que “atirou” Lewis Hamilton para o 7º lugar.
A fase inicial do Grande Prémio de Itália decorreu de acordo com as “tendências” de 2020: Lewis Hamilton partiu da pole position e rapidamente distanciou-se relativamente aos seus demais adversários. No entanto à 20ª volta, tudo mudou: Kevin Magnussen foi obrigado a abandonar na saída da “Parabólica”, devido a problemas técnicos no seu Haas. O Safety Car foi chamado a intervir, tendo a direcção de prova fechado o acesso às boxes, dado que os comissários iriam empurrar o monolugar até à via das boxes.
Foi neste preciso momento que a Mercedes cometeu o erro que viria a ditar o desfecho do Grande Prémio: Lewis Hamilton foi chamado à box (tal como António Giovinazzi) para troca de pneus, pairando no ar a possível atribuição de uma penalização. No sentido inverso encontravam-se Pierre Gasly, Kimi Raikkonen e Charles Leclerc, que já haviam cumprido a passagem pela via das boxes “in extremis” e encontravam-se numa posição privilegiada relativamente aos demais pilotos. As restantes equipas, com a excepção de Lance Stroll, aproveitaram o Safety Car para cumprirem as suas trocas de pneus.
A prova foi então retomada…e prontamente interrompida. Se a Ferrari já havia perdido Sebastian Vettel com um problema de travões, Charles Leclerc tornou o fim de semana dos “tiffosi” ainda mais negro, ao embater violentamente nas barreiras de protecção da “Parabólica”. O piloto monegasco viu-se surpreendido pela deriva de traseira do seu monolugar, contra-brecando para tentar recuperar o controlo. No entanto, o Ferrari SF1000 recuperou subitamente a tracção, projectando-se para a escapatória a alta velocidade.
Os danos causados nas barreiras de protecção obrigaram a direcção da prova a interromper a prova com bandeiras vermelhas. Durante a interrupção, foram finalmente reveladas as penalizações atribuídas a Lewis Hamilton e António Giovinazzi: um “Stop&Go” de 10 segundos. A prova foi retomada após 26 minutos de interrupção, com Lewis Hamilton ainda na liderança. No entanto, o piloto britânico rumou às boxes para cumprir a sua penalização, caindo para a última posição.
Na frente da prova, Lance Stroll, Pierre Gasly e Carlos Sainz Jr. trocavam posições entre si, tendo o piloto da Racing Point perdido algum tempo após seguir em frente na Variante della Roggia. Gasly saltava então para a liderança da prova, mas via Carlos Sainz Jr. aproximar-se rapidamente. Na derradeira volta, o piloto da McLaren estava a menos de um segundo de distância na zona de DRS, representando uma séria ameaça ao piloto da Alpha Tauri. No entanto, Gasly defendeu a sua liderança sem mácula, garantindo assim a sua 1ª vitória na Fórmula 1. No lugar mais baixo do pódio terminou o canadiano Lance Stroll.
A McLaren esteve em bom plano em Monza, pois além da boa prestação de Sainz, Lando Norris assegurou a 4ª posição, imediatamente à frente de Valtteri Bottas. O piloto da Mercedes viu-se prejudicado pelo tráfego, tendo o monolugar aquecido substancialmente, obrigando à diminuição do seu ritmo de corrida. Daniel Ricciardo, terminou imediatamente atrás, num fim de semana onde o Grupo Renault anunciou que a Alpine substituirá o construtor francês na Fórmula 1 a partir de 2021. Lewis Hamilton recuperou até à 7ª posição, minimizando os estragos na luta pelo título mundial. Esteban Ocon, Daniil Kvyat e Sérgio Pérez terminaram nas restantes posições pontuáveis.
Destaque ainda para o abandono de Max Verstappen (problemas no Red Bull) e para a Williams Racing: no derradeiro Grande Prémio sob a alçada de Claire e Frank Williams, a formação de Groove viu Nicholas Latifi e George Russell terminarem na 11ª e 14ª posição respectivamente.