“Dança de cadeiras” no seio da Fórmula 1
15 Dezembro 2022 - José Soares da Costa

Os últimos dias de 2022 ficaram marcados pelas inúmeras saídas e mudanças no seio da Fórmula 1. Da Williams à Ferrari, passando pela Sauber e McLaren, as lideranças das escuderias foram alvo de alterações profundas, traçando novos objectivos para as próximas temporadas. Jost Capito, Frédéric Vasseur, Andreas Seidl e Andrea Stella protagonizaram uma “Silly Season” inesperada…

O arranque desta semana ficou marcado pela primeira bomba entre as escuderias do Grande Circo: Jost Capito, um dos principais intervenientes no domínio da Volkswagen no WRC, está de saída de Williams Racing. Contratado para chefiar a equipa britânica rumo ao sucesso de outrora, os parcos resultados ao longo de 2022 viriam a hipotecar a posição do engenheiro alemão. Para além de Capito, também François-Xavier Demaison deixará o cargo de director técnico após uma única temporada. A Williams irá anunciar num momento oportuno o seu novo chefe de equipa e director técnico.

A novidade seguinte surgiu do seio da Ferrari: Frédéric Vasseur irá integrar a escuderia italiana, terminando a sua ligação com a Alfa Romeo-Sauber. O técnico gaulês irá deixar a equipa de Hinwil no início de Janeiro de 2023, culminando um percurso que levou a Alfa Romeo ao 6º lugar na temporada de 2022, a sua melhor classificação numa década. Vasseur irá substituir Mattia Binotto na liderança da equipa de Fórmula 1 da Ferrari, após a rescisão do engenheiro italiano como consequência directa dos desapontantes resultados de 2022.

Por sua vez, a escuderia suíça não perdeu tempo, anunciando a contratação de Andreas Seidl para ocupar a posição de CEO do Grupo Sauber, deixada vaga por Vasseur. Com a cada vez maior influência da Audi no seio da Sauber, a contratação do técnico alemão não é de todo surpreendente: Seidl é uma cara familiar no seio do Grupo Volkswagen, tendo sido um dos principais protagonistas pelo bem sucedido projecto Porsche 919 Hybrid. Andreas Seidl deixa a McLaren após um percurso marcado pelo renascimento da formação de Zak Brown, onde teve uma contribuição particularmente decisiva. Seidl será substituído por Andrea Stella, técnico transalpino com vasta experiência no competitivo mundo da Fórmula 1.