Dakar 2016: 10ª Etapa
Na 10ª etapa, o verniz estalou entre o ASO e a Honda: após uma 9ª etapa onde os tempos atribuídos a Paulo Gonçalves não eram coerentes com as declarações públicas do ASO, a organização francesa voltou a rever o tempo do piloto português. Numa decisão polémica, 39m56s foram acrescentados ao tempo de Paulo Gonçalves, retirando-lhe qualquer hipótese de lutar por uma posição no pódio. Nos automóveis, Carlos Sainz abandonou a prova e Stéphane Peterhansel é novamente o líder da classificação geral.
Carlos Sainz não esquecerá por certo a 10ª etapa do Dakar 2016: “El Matador” foi forçado a abandonar a prova após uma avaria na caixa de velocidades do seu Peugeot 2008 DKR. Enquanto isso, Stéphane Peterhansel esteve isento de problemas ao longo da etapa, vencendo-a e ascendendo novamente à liderança. Nasser Al-Attiyah também não teve a sorte do seu lado, tendo capotado no inicio da etapa e perdido uma hora relativamente a Peterhansel.
Cyril Despres destacou-se pela primeira vez neste Dakar, terminando o dia com o 2º melhor registo, a 12m56s do seu colega de equipa da Peugeot. Vladimir Vasyliev foi o 3º classificado, a 12m56s. Na classificação geral, Peterhansel lidera com 1 hora de vantagem relativamente a Nasser Al-Attiyah. Giniel de Villiers ocupa a 3ª posição, a 1h12m de Peterhansel.
Nas motos, Paulo Gonçalves viu-se rodeado de dificuldades dado que partiu para esta etapa 1h31m mais tarde do que Toby Price, atrás de vários automóveis e camiões. Apesar dos contratempos e de um ritmo mais lento do que seria desejável, o piloto português terminou o dia com o 4º melhor registo, a 6m1s de Stefan Svitko. No entanto, mais uma decisão polémica do ASO comprometeu todo o seu esforço: após revisão dos tempos da 9ª etapa, uma penalização de 39m56s foi acrescentada ao tempo do piloto português, relegando-o para a 8ª posição da classificação geral.
Sem que haja uma justificação credível para tal penalização (o ASO referiu o tempo de paragem acima de 15 minutos no CP2, algo que tanto Paulo Gonçalves, como a vasta maioria do pelotão das motos não cumpriu), a Honda já apelou desta decisão do ASO. No capítulo desportivo, Stefan Svitko foi o piloto mais rápido do dia, batendo Kevin Benavides por 2m54s. Toby Price ficou com o 3º registo mais rápido do dia, perdendo 5m47s para Svitko.
Na classificação geral, Toby Price mantém a liderança com 23m12s de vantagem sobre Svitko. Pablo Quintanilla ocupa a 3ª posição, a 42m49s do líder. Como referido anteriormente, Paulo Gonçalves é o 8º classificado a 1h14m de distância de Price e Hélder Rodrigues sobe ao 6º lugar, a 56m17s do líder entre as motos.
Entre os camiões, Gerard de Rooy terminou na 2ª posição e reforçou a sua liderança. Eduard Nikolaev perdeu bastante tempo, sendo apenas o 3h30m relativamente ao piloto holandês. Pascal de Baar foi o piloto mais rápido do dia, tendo batido de Rooy e Airat Mardeev por 2m36s e 26m6s respectivamente. Na classificação geral, de Rooy lidera com 1h15m de vantagem relativamente a Airat Mardeev. Federico Villagra ocupa a terceira posição, a 1h32m do piloto do IVECO.
Nos quads, Brian Baragwanath bateu os irmaões Patronelli e somou mais uma vitória numa etapa. Mesmo com este resultado, Marcos Patronelli mantém-se a liderança da prova. O seu irmão Alejandro encontra-se a 1m34s de distância do seu irmão e o 3º classificado, Jeremias Ferioli, está a 1h34m do líder da categoria.