Wayne Taylor Racing repete triunfo em Daytona

Num fim de semana marcado pelo acordo entre o ACO e a IMSA para a unificação da sua categoria principal, a Wayne Taylor Racing sagrou-se vencedora das 24 Horas de Daytona pela segunda edição consecutiva. O desempenho do Cadillac DPi-V.R #10 da Konica Minolta pautou-se pela consistência, utilizando essa “carta” para bater  toda a sua concorrência. O adversário mais próximo, o Mazda RT24-P #77 do Team Joest, terminou a prova a mais de 1 minuto de distância. João Barbosa culminou a prova no pódio e Filipe Albuquerque foi o 7º classificado.

Apesar do elevado desempenho demonstrado pelo Mazda RT24-P #77 ao longo dos preparativos para a “Rolex 24”, que culminou com a pole position alcançada durante a sessão de qualificação, os DPi japoneses tiveram nos Cadillac DPi-V.R os seus maiores adversários. Os Sport Protótipos norte-americanos mantiveram o seu andamento consistente desde o arranque da prova, galgando diversas posições na tabela classificativa com o decorrer das horas. Kamui Kobayashi colocou o Cadillac #10 na liderança durante a 3ª hora de prova, após uma ultrapassagem musculado ao Mazda #77 de Tristan Nunez.

Nem mesmo um stop-and-hold de 60 segundos (devido ao incumprimento de um semáforo vermelho na via das boxes) ou uma paragem não-programada devido a problemas na direcção assistida foram suficientes para perturbar a Wayne Taylor Racing. Com 833 voltas cumpridas, Kamui Kobayashi, Renger van der Zande, Scott Dixon e Ryan Briscoe registaram um novo recorde de distância nas 24 Horas de Daytona, batendo o anterior recorde de 808 voltas alcançado em 2018.

Na 2ª posição terminou o Mazda RT24-P #77 do Mazda Team Joest, partilhado por Oliver Pla, Oliver Jarvis e Tristan Nunez. Construídos pela Multimatic, os Sport Protótipos nipónicos chegaram pela primeira vez ao final desta prova de 24 horas. O RT24-P #55 (Jonathan Bomarito, Ryan Hunter-Reay e Harry Tincknell) também culminou a prova, na 6ª posição, apesar das adversidades: um incidente com o Acura ARX-05 de Helio Castroneves e problemas com o motor de arranque e escape resultaram num desempenho condicionado durante a fase final da prova.

O degrau mais baixo do pódio foi conquistado pelo Cadillac DPi-V.R. da Mustang Sampling Racing, partilhado por João Barbosa, Sebastien Bourdais e Loic Duval. Sem problemas de maior, o Sport Protótipo norte-americano viu-se prejudicado pela utilização do pacote aerodinâmico com maior carga/arrasto. Destaque ainda para a prestação de Filipe Albuquerque no Cadillac DPi-V.R da JDC-Miller: partilhando o Sport Protótipo com Felipe Nasr, Pipo Derani e Mike Conway, o piloto português não teve a sorte do seu lado, terminando a prova na 7ª posição devido a um problema crónico na caixa de velocidades.

Nas restantes categorias, a DragonSpeed de Harrison Newey, Ben Hanley, Henrik Hedman e Colin Braun alcançou o triunfo entre os LMP2. Nos GTD, o Lamborghini Huracan GT3 EVO da Paul Miller Racing (Andrea Caldarelli, Corey Lewis, Bryan Sellers e Madison Snow) sagrou-se vencedor e nos GTLM, o BMW M8 GTE do BMW Team RLL levou a melhor por intermédio de John Edwards, Augusto Farfus, Chaz Mostert e Jesse Krohn. Álvaro Parente foi 8º no Acura NSX GT3 da Einricher Racing e Pedro Lamy ficou fora de prova após um caricato toque na via das boxes.