Max Verstappen dominador em Imola!

Num Grande Prémio de Emília-Romagna onde se esperava um triunfo convincente da Ferrari, foi Max Verstappen e a Red Bull quem dominou os acontecimentos. Embalado por um triunfo na Corrida Sprint, o Campeão do Mundo em título comandou a prova disputada em São Marino, sendo secundado pelo seu colega de equipa, Sérgio Pérez. Lando Norris, em McLaren, completou o pódio após uma evolução surpreendente da escuderia britânica.

Para o Grande Prémio de Emília-Romagna, o traçado de Imola apresentou-se molhado, condição que trazia consigo novas variáveis na elaboração das estratégias das equipas, em particular nas suas escolhas de pneus: os pneus intermédios tornaram-se a opção inevitável. Aproveitando a maior tracção do seu Red Bull, Max Verstappen saltou da pole-position para uma liderança sem indícios de contestação. Em contrapartida, Charles Leclerc partiu da 2ª posição, mas não logrou capitalizar esta oportunidade. Um arranque menos conseguido por parte do piloto monegasco fê-lo perder posições para Sérgio Pérez e Lando Norris.

Imiscuídos no meio do pelotão, Carlos Sainz e Daniel Ricciardo protagonizaram o momento “embaraçoso” deste início de prova: na abordagem à chicane de Tamburello, o piloto australiano não evitou um toque no Ferrari de Sainz. Se o piloto espanhol deu por encerrada a sua prova após ter ficado preso na gravilha, Ricciardo permaneceu em prova, apesar do atraso significativo. O Safety Car foi chamado a intervir para que o Ferrari pudesse ser retirado, permanecendo em pista até à 5ª volta.

Após o recomeço da prova, Leclerc não perdeu a oportunidade de suplantar o McLaren de Norris, partindo então em perseguição do veloz mexicano da Red Bull Racing. À 16ª volta, iniciaram-se as paragens nas boxes, com as equipas a alternarem os pneus intermédios pelos compostos médios. Volvidas estas trocas, Max Verstappen permaneceu no comando, sendo perseguido por Sérgio Pérez e o monegasco Charles Leclerc. Sem ritmo para suplantar o mexicano, a 12 voltas do final a Ferrari chamou o seu piloto para uma aposta “arriscada”: montar pneus macios, tentando assegurar o ponto pela volta mais rápida e, se possível, tentar bater Pérez. No entanto, a Red Bull responderia imediatamente com a mesma opção, limitando a vantagem competitiva que a Ferrari poderia ter alcançado com tal aposta.

Aproximando-se paulatinamente de Sérgio Pérez, Leclerc poderia agora utilizar a tão preciosa ajuda do DRS. Mesmo perante esta desvantagem, Pérez impediu com sucesso as tentativas de ultrapassagem do piloto monegasco. Este último acabaria mesmo por arriscar em demasia na Variante Alta, atacando excessivamente os correctores desta chicane: o Ferrari foi projectado no ar, efectuou um pião e embateu no muro de pneus. Apesar deste percalço, o piloto monegasco rumou às boxes para montar pneus macios usados e averiguar o estado da sua asa dianteira, regressando à pista na 9ª posição e recuperando até ao 6º lugar.

Na frente da corrida, Verstappen assegurou o seu 2º triunfo desta temporada, a que se somou também a volta mais rápida. Com este resultado, o Campeão do Mundo ascendeu à 2ª posição do Campeonato do Pilotos, a 27 pontos de distância do líder, Charles Leclerc. Por sua vez, Sérgio Pérez confirmou a dobradinha da Red Bull, num fim de semana onde a equipa austríaca demonstrou o seu real potencial na presente temporada. No que concerne o degrau mais baixo do pódio, Lando Norris assegurou o mesmo após uma corrida em esteve em bom plano, aproveitando o erro de Leclerc para capitalizar e animar as hostes de Woking.

George Russell, a bordo de um “complicado” Mercedes W13, assegurou mais um 4º lugar após ter partido da 11ª posição. Com a 5ª posição, Valtteri Bottas confirmou mais um bom resultado para as cores da Alfa Romeo. Yuki Tsunoda, em Alpha Tauri, terminou a prova imediatamente atrás de Charles Leclerc, suplantando desta feita o Aston Martin de Sebastian Vettel. Kevin Magnussen, em Haas e Lance Stroll, em Aston Martin, completaram o Top-10 em Imola.