Rússia no centro da controvérsia na F1
25 Fevereiro 2022 - José Soares da Costa

Como consequência directa da invasão russa à Ucrânia, as reacções internacionais fizeram-se sentir nos mais variados quadrantes. No seio da Fórmula 1, a FIA anunciou o cancelamento oficial do Grande Prémio da Rússia de 2022. A Haas F1 Team encontra-se também sobre escrutínio, fruto das suas ligações directas a entidades e individualidades russas: a Uralkali e o piloto Nikita Mazepin.

A pressão internacional abateu-se sobre a FIA e a Fórmula 1, pressionando-as a encerrar e/ou cancelar todos os eventos e compromissos relacionados com entidades russas. Stefano Domenicali, CEO da Fórmula 1, reuniu-se ontem à noite com todos os chefes de equipas, avaliando o potencial cancelamento do Grande Prémio da Fórmula 1. A VTB, principal patrocinador da prova russa, foi uma das entidades visadas pelas sanções internacionais impostas pelos EUA, Reino Unido e União Europeia. Através de um curto comunicado, emitido esta manhã através dos seus canais oficiais, a FIA oficializou o cancelamento da prova russa.

As equipas da Fórmula 1 também não evitaram a turbulência política provocada por esta invasão russa, tendo a Haas F1 Team sido a formação visada. Como rápida reacção a esta situação, a formação de Gene Haas optou pela remoção dos logótipos da Uralkali dos camiões, motorhome e o monolugar VF22, que se encontra actualmente em testes no traçado de Barcelona. Quanto ao futuro a curto/médio prazo de Nikita Mazepin, Günther Steiner, director de equipa da formação norte-americana, não efectuou qualquer comentário.

Para além da FIA, outro importante organismo internacional anunciou a alteração de um dos seus principais eventos desportivos: a UEFA anunciou a alteração do palco da final da Liga dos Campeões 2021/2022 do seu palco original, na Rússia (Gazprom Arena, em São Petersburgo), para o novo palco, em Paris.