Sébastien Ogier triunfa no Rali do México
O Rali do México foi palco de inúmeras peripécias e diversas controvérsias. No entanto, na consagração do vencedor assistiu-se a uma repetição do passado recente: Sébastien Ogier triunfou, sobrepondo-se “sem apelo nem agravo” aos seus mais directos adversários. Ott Tanak limitou “os prejuízos”, ao terminar na 2ª posição, enquanto Elfyn Evans voltou a colocar a M-Sport na rota dos bons resultados, ao conquistar o derradeiro degrau do pódio.
O tiro de partida da primeira etapa do Rali do México deu-se com a realização da Super Especial “Guanajuato”, onde um percalço técnico levou ao seu final prematuro: uma rampa, cuja montagem apresentava algumas deficiências, originou um salto “exuberante” por parte de Esapekka Lappi. Perante esta inesperada (e perigosa) situação, a FIA e a organização da prova optaram pelo cancelamento imediato da classificativa.
No dia seguinte, Andreas Mikkelsen ditou o ritmo e alcançou a liderança da prova durante a manhã, acabando por abandonar enquanto ocupava a primeira posição. A Hyundai não teve vida fácil no México, dado que Thierry Neuville também sofreu um furo na 1ª classificativa do dia e Dani Sordo foi obrigado a abandonar numa ligação, devido a problemas de alternador, numa altura em que era o 2º classificado.
Quem beneficiou com esta situação foi Sébastien Ogier e a Citroen. O actual Campeão do Mundo impôs-se perante a forte concorrência e nem mesmo a sua posição de partida (3º na estrada) foi capaz de perturbar tal desempenho. Elfyn Evans, num dos Ford Fiesta WRC da M-Sport, terminou o dia no 2º classificado, a 14.8 segundos de Ogier. Ainda relativamente à equipa britânica, Teemu Suninen abandonou durante a manhã fruto de um toque e consequente saída de estrada. Kris Meeke era o melhor representante da Toyota, ocupando o derradeiro lugar do pódio, a 21.1 segundos da liderança.
A 2ª etapa do Rali do México ficou marcada por uma situação polémica: Esapekka Lappi perdeu o controlo do Citroen C3 WRC, sofrendo uma aparatosa saída de estrada. A viatura francesa ficou imobilizada no meio da classificativa, tendo Kris Meeke e Elfyn Evans conseguido atravessar esta secção apesar das dificuldades. Pouco tempo depois, a organização da prova optou pela apresentação da bandeira vermelha, ditando o final prematuro da classificativa. Sébastien Ogier, que havia sofrido um furo, viu-se inesperadamente beneficiado por esta situação, tendo-lhe sido atribuído o mesmo tempo de Jari-Matti Latvala.
Kris Meeke era, neste momento, o líder da prova mexicana. Mas tal situação acabaria por não ter continuidade, devido a um furo e diversos problemas no motor do Toyota Yaris WRC. Com este percalço, Sébastien Ogier saltava novamente para a liderança da prova, terminando a manhã com 19.2 segundos de vantagem relativamente a Elfyn Evans. Por sua vez, Ott Tanak ascendeu à 3ª posição, a 41 segundos do líder. Nas restantes classificativas que compunham a 2ª etapa, Sébastien Ogier dilatou a sua vantagem sobre Elfyn Evans até cerca de meio minuto, enquanto Ott Tanak conseguiu reduzir a diferença relativamente ao piloto britânico para uns escassos 3.8 segundos.
A derradeira etapa confirmou o triunfo de Sébastien Ogier, após um impressionante desempenho e alguma sorte à mistura. Atacando ao longo do último dia de prova, Ott Tanak logrou ultrapassar Elfyn Evans, alcançando desta forma o degrau intermédio do pódio. O piloto estónio terminou a prova a 30.2 segundos do líder, enquanto Evans foi o 3º classificado, a 40.9 segundos. Quanto às cores da Hyundai, Thierry Neuville foi o melhor representante do construtor coreano, ao terminar na 4ª posição.