Hamilton com novo triunfo no GP da Bélgica
23 Agosto 2015 - José Soares da Costa

Num Grande Prémio onde as novas regras das partidas centraram as atenções, Lewis Hamilton ditou o regresso da Mercedes aos triunfos em 2015. Nico Rosberg não teve a sorte do seu lado e efectuou uma corrida de recuperação até à segunda posição. Já Romain Grosjean foi o piloto do dia, completando o pódio graças a uma exibição de grande qualidade e uma pitada de sorte.

O arranque do Grande Prémio da Bélgica foi palco de uma partida abortada, fruto de um problema técnico com o Force India de Nico Hulkenberg. Com o piloto alemão a rumar à boxe para o primeiro abandono da tarde, Lewis Hamilton executou um arranque perfeito na segunda partida deste Grande Prémio. Já o seu colega de equipa Nico Rosberg afundou-se na classificação após um arranque problemático, descendo até à quinta posição.

Quem beneficiou com este percalço foi Sérgio Pérez, que subiu até à segunda posição e chegou a discutir a liderança durante a primeira volta. No entanto, a manobra do piloto mexicano não foi bem sucedida, tendo Hamilton dilatado a vantagem a partir desse instante. Daniel Ricciardo era o terceiro classificado, mas o seu Red Bull não tinha argumentos para acompanhar os monolugares à sua frente.

As primeiras paragens para pneus de Pérez e Ricciardo elevaram Rosberg à segunda posição. Muito embora o piloto alemão tentasse de tudo para alcançar o Mercedes de Lewis Hamilton, o piloto britânico respondia aos ataques do seu companheiro de equipa. A diferença entre os dois pilotos da Mercedes no final da prova belga foi de apenas 2 segundos. Com este resultado, Hamilton alcançou a sexta vitória da temporada e deu mais um passo rumo ao título mundial.

Atrás dos dois primeiros classificados desenrolou-se uma animada luta pela terceira posição. Daniel Ricciardo foi a primeira baixa nesta disputa, tendo a unidade de potência da Renault cedido na entrada para a recta da meta. Um surpreendente Romain Grosjean efectuava uma prova ao ataque e com isso ultrapassava Sérgio Pérez, chegando à quarta posição.

Sebastian Vettel e a Ferrari apostavam numa estratégia de uma paragem apenas, arriscando desta forma na durabilidade dos pneus da Pirelli. Com o piloto alemão na terceira posição e Romain Grosjean a recuperar terreno relativamente ao monolugar de Maranello, tudo seria decidido nas derradeiras voltas deste Grande Prémio. Embora o Lotus tivesse maior velocidade de ponta com a utilização do DRS, Vettel conseguia manter a posição.

Até que na entrada para a recta de Kemmel, o pneu traseiro direito do Ferrari explodiu e atirou Vettel para fora do pódio e para um inevitável abandono. Com esta situação, Romain Grosjean viu premiada a excelente exibição que protagonizou ao longo da tarde. A terceira posição foi celebrada pela equipa Lotus como se de uma vitória se tratasse, dando alento a uma estrutura que passa por um momento decisivo na sua história.

Na quarta posição terminou Daniil Kvyat, o único representante da Red Bull. Numa prova sempre ao ataque, o piloto russo ultrapassou pilotos como Felipe Massa e Kimi Raikkonen. Atrás de Kvyat terminou o Force India sobrevivente, entregue a Sérgio Pérez, enquanto que na sexta posição ficou o melhor Williams, pilotado por Felipe Massa.

Numa prova onde a Ferrari celebrava o seu 900° Grande Prémio, Kimi Raikkonen foi apenas o sétimo classificado. Atrás de si terminou um aguerrido Max Verstappen, em Toro Rosso, que por diversas vezes tentou a sua sorte em manobras de ultrapassagem para lá dos limites. Os últimos lugares pontuáveis foram ocupados pelo Williams de Valtteri Bottas e pelo Sauber de Marcus Ericsson.