Mercedes domina GP da Austrália
Após uma temporada de 2014 onde dominou a Fórmula 1, a Mercedes regressou em 2015 com o mesmo objectivo. A vitória sem contestação de Lewis Hamilton no Grande Prémio da Austrália deu o mote para uma temporada onde os “Flechas de Prata” serão novamente a referência do pelotão. Sebastian Vettel foi o melhor dos “outros”, levando o seu Ferrari ao último degrau do pódio na sua estreia pela equipa de Maranello.
O Grande Prémio da Austrália ficou marcado pelas desistências, registadas antes mesmo do arranque da prova. Além dos dois Manor que não alinharam para a prova devido à falta do software necessário para arrancar os motores Ferrari, também a Williams viu-se reduzida a um monolugar devido a uma lesão na coluna de Valtteri Bottas, que o impediu de alinhar para o GP.
Na volta de acesso à grelha, dois monolugares também sofreram problemas mecânicos que levaram ao seu abandono prematuro: enquanto Kevin Magnussen viu a unidade de potência do seu Mclaren ceder, Daniil Kvyat teve problemas com a transmissão do seu Red Bull. Desta forma, apenas 15 monolugares estiveram presentes na grelha de partida deste Grande Prémio da Austrália de F1.
Lewis Hamilton efectuou um arranque exemplar, liderando a prova desde os seus primeiros metros. Mas atrás dele foram vários os pilotos que se viram a braços com problemas na 1ª volta do GP. Pastor Maldonado foi tocado pelo Sauber de Felipe Nasr e acabou a prova nos muros da Curva 2 e Romain Grosjean teve problemas com a unidade de potência do seu Lotus.
Com apenas 13 monolugares, o Safety Car foi chamado para que o Lotus de Maldonado pudesse ser retirado da pista. No recomeço da prova, Lewis Hamilton manteve-se na liderança da prova, sendo seguido de perto por Nico Rosberg. Com um andamento rápido, o piloto britânico limitou-se a gerir o andamento do seu colega de equipa, vencendo a prova com 1.3 segundos de vantagem sobre este.
Sem que houvesse luta pela vitória, as atenções centraram-se na disputa pelo último lugar do pódio. Felipe Massa e Sebastian Vettel envolveram-se num interessante duelo, com o piloto alemão a bater o seu rival brasileiro nas paragens nas boxes. A partir dai, Vettel dilatou a vantagem relativamente a Massa, sem que no entanto tivesse andamento para chegar aos Mercedes que rodavam à sua frente.
Com um monolugar “bem nascido”, a Ferrari também poderia ter conquistado em Melbourne a 4ª posição. Kimi Raikkonen regressou aos bons desempenhos e na fase final da prova aproximava-se rapidamente de Massa. Mas um problema na roda traseira esquerda (problema esse que já o havia afectado durante a primeira paragem) ditou o seu abandono logo após a segunda paragem nas boxes.
Com este abandono, Felipe Nasr levou o Sauber à 5ª posição, tornando-se o piloto brasileiro com a melhor estreia na Fórmula 1. Nasr lidou com os ataques de Daniel Ricciardo, aproveitando também a superioridade da unidade de potência Ferrari instalada no seu monolugar. Já o piloto australiano dificilmente repetirá as vitórias de 2015, dado os inúmeros problemas existentes nas unidades de potência Renault. A 6ª posição foi o prémio de consolação para um desapontado Ricciardo.
Nico Hulkenberg foi o melhor representante da Force India no 7º lugar, enquanto que na posição seguinte Marcus Ericsson dava mais uma nota positiva à Sauber, num fim de semana marcado pela polémica com Giedo van der Garde. Carlos Sainz Jr. esteve irrepreensível em Melbourne, conquistando a 9ª posição e sendo apenas prejudicado por um problema nas boxes com o pneu esquerdo traseiro. Sérgio Pérez encerrou o lote de pilotos pontuáveis em Melbourne e Jenson Button foi o 11º e último piloto classificado, a 2 voltas do vencedor.