Skoda Octavia Cup

Tendo começado em 1997, o campeonato Skoda Octavia Cup é bastante popular na Républica Checa e conta com a presença de diversos pilotos capazes e agressivos, sempre dispostos a lutar até ao último metro de cada corrida. Para isso também contribui a viatura utilizado, o Skoda Octavia Cup.

Dispondo de um motor de 2 litros, derivado de série, com 20 válvulas e cerca de 220 cavalos, bem como de algumas alterações típicas de competição, o Octavia apresenta todos os elementos necessários para tornar um típico familiar num automóvel capaz de proporcionar todas as sensações da competição automóvel. Incluindo um ronco a condizer, sempre a pedir mais aceleração…tal como se quer num “carro de corridas”.

Durante o ensaio, pôde-se analisar os aspectos característicos do Octavia e todas as suas “manhas”. Começando pelos seus pontos positivos, podemos destacar a boa estabilidade proporcionado pelo familiar checo a altas velocidades. Tendo em conta a sua grande distância entre eixos (2578 mm), a sua suspensão dura q.b. e o seu chassis bem afinado, a confiança em atacar qualquer curva é um aspecto bastante positivo para um automóvel a utilizar em troféu e que poderá ser o primeiro passo na competição automóvel de diversos pilotos.

Juntamente com este facto, a relativa dificuldade em soltar a traseira (obrigando a um tremendo esforço para que tal aconteça) e a sua tendência para subvirar com facilidade (especialmente se não acautelarmos a velocidade de entrada em curva) leva a que seja uma viatura ideal para aprendizagem do ABC da pilotagem automóvel. Mas não nos enganemos…apesar de ser estável e algo pesado (1100 Kgs), a agilidade é outro elemento de nota no Octavia, que se consegue colocar em situações que não se acreditaria serem possíveis.

Mas claro, como em tudo, há pontos que são menos positivos e que também influenciam a experiência final. Começando pela curva de potência do motor, este só acorda às 5000 rpm e tem a sua faixa de utilização ideal até às 6800 rpm, sendo este aspecto bastante condicionador e obrigando a sucessivas reduções na caixa de velocidades para que seja possível extrair todo o potencial do motor de origem germânica.

Continuando na caixa de velocidades, o seu escalonamento poderia ser revisto, visto que a 6ª velocidade é bastante longa e todas as restantes velocidades poderiam ser mais curtas, dando uma maior vivacidade ao motor e melhorando as recuperações do Octavia. Mesmo assim, a adição de uma caixa sequencial é positiva, pois facilita a adaptação inicial ao Octavia. No que concerne o motor, alguma potência extra também seria algo a ter em conta no futuro, embora não seja essencial para melhorar o já excelente carácter deste Octavia “preparado”.

Como nota final, podemos destacar que o Skoda Octavia Cup, tendo sido preparado para troféu, sofre alguns compromissos finais em virtude da facilidade de utilização e redução de custos inerentes a este tipo de competições. Algumas alterações de circunstância poderiam melhor a experiência proporcionado por este Octavia de troféu, mas no entanto, tal não é absolutamente essencial…Em resumo, recomendado a quem queira bons momentos ao volante de um automóvel de competição, sem ter grandes preocupações!

Volta de referência

Para uma simples viatura de troféu, o Skoda Octavia Cup teve um excelente comportamento e mostrou-se à altura dos acontecimentos, tendo realizado um tempo de 1.25.931. O vídeo da volta de referência está disponível em alta definição (HD) na janela abaixo.

Classificação