Lewis Hamilton triunfa em Xangai
13 Abril 2015 - José Soares da Costa

O britânico Lewis Hamilton venceu o Grande Prémio da China, apesar da constante perseguição de Nico Rosberg e Sebastian Vettel. Partindo da pole position, o piloto da Mercedes venceu sem grandes percalços, gerindo o andamento dos seus rivais para carimbar o seu 2º triunfo da temporada. No entanto, a polémica está instalada no seio da Mercedes após as declarações de Nico Rosberg…

Com a pole position conquistada na sessão de qualificação de Sábado, Lewis Hamilton tinha todas as condições para regressar aos triunfos após uma exibição menos conseguida em Sepang. O arranque da prova chinesa comprovou isso mesmo, com Hamilton a liderar desde os primeiros metros do Grande Prémio. Nico Rosberg e Sebastian Vettel seguiam imediatamente atrás, bem perto.

Atrás de Vettel, Kimi Raikkonen ultrapassava os dois Williams de uma assentada, colocando-se na 4ª posição, imediatamente atrás do seu colega de equipa. Com os 4 pilotos a rodarem com pneus macios, todas as dúvidas centravam-se na melhor estratégia para as duas paragens previstas para as duplas da Mercedes e Ferrari.

Foi precisamente nesta altura que a polémica se instalou: Nico Rosberg aproximava-se de Hamilton, mas não conseguia ultrapassá-lo. Segundo as declarações do piloto alemão, Hamilton diminuiu propositadamente o ritmo, acentuando desta forma a degradação dos pneus de Rosberg e prejudicando a sua corrida. O verniz estalou no seio da Mercedes…

Na 1ª passagem pela via das boxes, tanto os pilotos da Mercedes como da Ferrari renovaram a sua aposta nos compostos macios. Com pneus frescos, Hamilton demonstrou todo o potencial do Mercedes ao rodar, volta após volta, cerca de 1 segundo mais rápido que os tempos que havia efectuado até então.

Com uma vantagem confortável relativamente a Rosberg, Hamilton rumou às boxes na 30ª volta para montar o composto mais duro da Pirelli na sua última paragem da tarde. Sem argumentos para bater o seu companheiro de equipa, Nico Rosberg ainda poderia ter beneficiado da entrada do Safety Car na fase final da prova.

A 3 voltas do fim, o Toro Rosso de Max Verstappen cedeu em plena recta da meta e os comissários chineses, pouco experientes neste tipo de situações, não conseguiram retirar o monolugar em tempo útil. Desta forma, o Safety Car apenas abandonou a pista na última volta, deixando Rosberg sem qualquer espaço de manobra para executar um ataque à liderança de Hamilton.

Atrás dos Mercedes, a principal ameaça veio novamente dos monolugares da Ferrari. No entanto, o brilhante resultado obtido por Sebastian Vettel na Malásia não foi repetido em Xangai. O piloto alemão foi o melhor representante da marca de Maranello e Kimi Raikkonen teve, pela primeira vez em 2015, uma prova sem qualquer tipo de percalços ou problemas.

Os Williams terminaram em 5º e 6º lugar, com Felipe Massa e Valtteri Bottas nessas posições respectivamente. No entanto, ao contrário da temporada passada, os monolugares da equipa de Frank Williams tardam em dar resposta aos Mercedes e Ferrari, sendo actualmente a 3ª força do pelotão.

Romain Grosjean foi o 7º classificado, numa tarde bastante positiva para o piloto francês e para a Lotus. Com as várias peripécias protagonizadas por Pastor Maldonado, entre as quais uma entrada falhada na via das boxes, o resultado obtido por Grosjean demonstra que a equipa de Enstone está no caminho certo para recuperar a competitividade que sempre lhe foi reconhecida.

Felipe Nasr levou o Sauber à 8ª posição, imediatamente à frente do Red Bull de Daniel Ricciardo. O piloto australiano protagonizou o momento mais “quente” da tarde: na entrada para a Curva 1, Ricciardo e Daniil Kvyat estiveram a poucos centimetros de um toque, numa disputa de posição mais aguerrida. Kvyat acabaria por desistir com o motor Renault partido. Marcus Ericsson encerrou o lote dos pilotos pontuáveis no Grande Prémio da China.