Sébastien Ogier triunfa no Rali de Portugal

O campeão Sébastien Ogier somou em Portugal mais um triunfo na campanha de 2014. O piloto francês, favorito natural para a conquista da vitória em solo nacional, não defraudou as expectativas e bateu a forte oposição do “rejuvenescido” Mikko Hirvonen. Mads Ostberg completou o pódio, dando uma pequena alegria às cores da Citroen.

Com a tarefa de abrir a estrada ao longo da 1ª etapa, Sébastien Ogier viu-se consistentemente batido pelo Hyundai i20 WRC de Dani Sordo e pelos Ford Fiesta RS WRC de Mikko Hirvonen e Ott Tanak, terminando o dia na 3ª posição. Os pisos muito escorregadios, fruto da forte chuva que se abateu ao longo dos troços na passada 3ª feira, apanharam desprevenidos vários pilotos: Robert Kubica e Elfyn Evans abandonaram por despiste neste 1º dia de prova.

A 2ª etapa viria a ser reveladora quanto ao vencedor do Vodafone Rali de Portugal: Sébastien Ogier saltou para a liderança da prova na 9ª classificativa, lugar que não abandonaria até ao final da prova. Na classificativa seguinte, Ott Tanak abandonava a prova com um aparatoso acidente e obrigava à interrupção da classificativa. Mikko Hirvonen, que seguia atrás de Tanak, viu-se prejudicado pelo seu colega da M-Sport. Para resolver a situação, a organização de prova decidiu atribuir-lhe um novo tempo.

Os registos alcançados por Ogier ao longo da tarde de Sábado permitiam-lhe dilatar a sua vantagem em cerca de 35 segundos relativamente a Hirvonen, terminando o dia com 38.1 segundos de vantagem. A conservação dos pneus macios no Volkswagen Polo R WRC de Sébastien Ogier foi primordial para obter tamanha vantagem, uma vez que Hirvonen chegou ao fim da etapa com os pneus macios praticamente gastos.

No último dia de prova, Mikko Hirvonen limitou-se a gerir o seu andamento e conservar a 2ª posição, um resultado bastante positivo para o piloto finlandês. Sébastien Ogier rubricou o seu 4º triunfo em Portugal e ainda a vitória no Power Stage, batendo o seu colega de equipa Jari-Matti Latvala. Na 3ª posição terminou o Citroen DS3 WRC de Mads Ostberg, que aproveitou os acidentes de Jari-Matti Latvala (na 1ª etapa) e Ott Tanak para ascender ao derradeiro lugar do pódio. O piloto norueguês havia apostado ainda na vitória no Power Stage (guardando os pneus macios), mas não foi capaz de bater os VW.

Andreas Mikkelsen teve um bom desempenho em Portugal, alcançando a 4ª posição mesmo com os problemas na direcção assistida do VW Polo R WRC, ao longo da 2ª etapa. Henning Solberg foi o melhor piloto privado em prova, conquistando a 5ª posição e Martin Prokop terminou logo atrás do piloto norueguês, no 6º lugar.

A Hyundai teve um fim de semana de altos e baixos em Portugal. Dani Sordo foi uma das surpresas ao longo do 1º dia de prova, terminando a etapa na 3ª posição e dando duas vitórias em classificativas à marca sul-coreana. A fiabilidade e consistência demonstrada ao longo do 2º dia de prova permitiam-lhe manter-se dentro do Top-4. No entanto, uma quebra de um semi eixo na ligação para a 1ª classificativa de Domingo levaram ao seu inglório abandono.

Thierry Neuville e Juho Hanninen também não tiveram motivos para celebrar em Portugal. O 7º lugar alcançado por Neuville foi a melhor classificação de um i20 WRC em Portugal. O piloto belga encontrava-se na 6ª posição à entrada para o último troço, mas um problema na transmissão e um pião fizeram com que perdesse a posição para o Ford Fiesta RS WRC de Martin Prokop. Juho Hanninen terminou logo atrás do seu colega de equipa, na 8ª posição, tendo também sofrido problemas de transmissão e dado um toque durante o Power Stage.

No WRC2, Nasser Al-Attiyah levou o Ford Fiesta RRC ao triunfo, batendo o Ford Fiesta R5 de Jari Ketomaa na luta pela vitória na categoria. Pontus Tidemand, em Ford Fiesta R5, completou o pódio. Destaque ainda para o madeirense Bernardo Sousa, que neste regresso ao Mundial de Ralis conquistou o 5º lugar entre os concorrentes do WRC2, sendo também o melhor piloto português em prova, na 15ª posição.

Relativamente ao Campeonato Nacional de Ralis, Pedro Meireles conquistou a vitória na última classificativa da 1ª etapa (a única pontuável para o CNR). Rui Madeira foi o mais rápido ao longo do dia, tendo amealhado uma vantagem de 25 segundos sobre o seu rival vimaranense. No entanto, um problema na transmissão do Ford Fiesta R5 na derradeira classificativa atirava tudo por terra, entregando o triunfo ao Skoda Fabia S2000 de Pedro Meireles.

Na 2ª posição terminou o Skoda Fabia de Ricardo Moura, claramente batido por Meireles nesta prova. Uma escolha menos feliz de pneus também não ajudou o piloto açoriano, que teve ainda problemas na caixa de velocidades da viatura checa no final da etapa. O último lugar do pódio foi ocupado pelo Mitsubishi Lancer EVO IX de Ricardo Teodósio.